Nas primeiras fases da reabilitação, as prioridades são: alívio da dor, proteção da articulação e ganho de movimento do joelho. A colaboração do paciente é sempre muito importante.
Com a finalidade de obter resultados satisfatórios rapidamente, preparamos algumas atividades que o paciente poderá realizar em casa:
Massagem Cicatricial: consiste em uma massagem (com um pouco de óleo ou creme) com movimentos circulares realizada com o indicador e o dedo médio de cada mão, realizando com uma mão um círculo no sentido horário e com a outra no sentido anti-horário.
Esta massagem evita que a cicatriz fique aderida, ou seja, grude, de modo que ao realizar o movimento o paciente sinta dor no local ou próximo ao local do corte da cirurgia.
Desensibilização: Logo depois da cirurgia parece que o joelho fica sem sensibilidade em alguns lugares, principalmente na parte anterior da perna, popularmente chamada de “canela”. Existe um processo chamado de DESENSIBILIZAÇÃO muito simples de ser realizado que consiste em passar diferentes texturas na área sem sensibilidade. Pegue vários tipos de tecidos e texturas, qualquer coisa ou objeto que tenha em casa (bucha, escova de dente antiga, tecido áspero, lixa, algodão, velcro) e passe no local que não tem sensibilidade, sem força durante 2 min, do tecido mais áspero ao mais liso. No começo o mais áspero não irá incomodar. À medida que começar a incomodar é sinal que uma sensibilidade, que nós chamamos de “tato grosso”, está voltando e assim se repete com outras texturas até sentirmos a textura mais lisa, daí se recuperou o “tato fino”. A volta da sensibilidade é importante para evitarmos alguns acidentes como queimaduras.
Ganho de Movimento (amplitude): pode ser realizado com o paciente sentado em uma cadeira, com o pé da perna operada em cima da bola, realizando o movimento de deslizamento para frente e para trás fazendo com que o joelho dobre (flexão) e estique (extensão). Este exercício é denominado pela fisioterapia de mobilização ativa (pois a própria pessoa realiza o movimento).
Aplicação de Gelo: o paciente deve realizar a aplicação de gelo, se possível 3x ao dia. Em caso de inchaço constante (edema), a aplicação deve ser feita de 4 em 4 horas até a resolução do mesmo.
Esta aplicação deve ser realizada com o paciente de preferência deitado, de barriga para cima (em decúbito dorsal) com o joelho acima do nível do coração para ajudar a diminuir o inchaço (drenar o edema) e realizar uma compressão com uma atadura de crepe (pode ser comprada em farmácia). Tenha cuidado ao realizar a compressão da faixa, pois muita compressão pode prejudicar ao invés de ajudar. O gelo pode ser colocado em um saco plástico normal, caso use a bolsa que fica no congelador, retire um pouco antes da aplicação para se moldar ao joelho e não ficar rígida, pegando só uma parte do joelho.
A duração da aplicação deve ser de 20 min e não deve exceder esse tempo.
Uso de Muletas: A muleta deve ser usada nas primeiras 2 a 3 semanas e sua retirada avaliada pelos profissionais da área da saúde de acordo com a dificuldade para andar e realização das atividades de vida diárias. A muleta deve ser usada no lado contralateral (contrário) ao lado lesado. O uso correto é muito importante nessa fase inicial de recuperação, pois evita esforços nos tecidos que ainda estão se recuperando do processo cirúrgico.
Exercícios Isométricos para Quadríceps: Quadríceps é a musculatura da parte da frente da coxa. Exercícios isométricos são exercícios realizados para aumentar a qualidade da contração muscular.
ISO = mesmo MÉTRICO = tamanho, medida.
Significa que durante o exercício, o músculo se mantém no mesmo comprimento.
Ex1. Paciente deitado de barriga para cima (em decúbito dorsal) com a perna esticada (em extensão) e a outra dobrada (em flexão) vai elevar a perna esticada numa altura que não ultrapasse o joelho dobrado e vai segurar contando até dez (10 segundos) e relaxar a perna.
Repetir 4 séries de 10 repetições cada com intervalo de 20 seg entre cada repetição e intervalo de 1 min entre cada série.
Ex2. Paciente sentado em uma cadeira vai esticar o joelho (realizar a extensão) até onde conseguir sem dor e vai segurar contando até dez (10 segundos) ou o tempo que conseguir inferior a 10 segundos.
Repetir 4 séries de 10 repetições cada com intervalo de 20 seg entre cada repetição e intervalo de 1 min entre cada série.
Exercício para ser realizado intercalado com as sessões de fisioterapia 1 vez ao dia.
Site de referência:
http://web.taktos.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=87&Itemid=72
Vídeo da clínica de reabilitação funcional de Manaus
quarta-feira, 20 de maio de 2009
terça-feira, 19 de maio de 2009
Os meniscos são estruturas laminares em forma de meia-lua, consistente, hiper-hidratadas contendo aproximadamente 70 % de água em sua formação. Formada na sua maior parte por fibras de colágeno tipo I e menores quantidades dos tipos II, III, V, IV e uma baixa quantidade de fibras elásticas. Estão localizados na superfície articular da tíbia com a função de receber alta pressão, amortecendo os impactos aplicados sobre a articulação de joelho (DANGELO &FATINNI 2005).
Segundo Bruno Fischer (2007) o joelho é uma das maiores articulações do corpo humano e também uma das que mais sofre lesões. Essa articulação é formada pela extremidade distal do fêmur, extremidade proximal da tíbia, patela, ligamentos, meniscos e tendões de músculos que o cruzam. O joelho pode ser lesionado de várias formas por ser muito vulnerável ao trauma direto (pancadas) ou indireto (entorse), além de ser lesionado principalmente pelo excesso de uso ou uso inadequado (regiões condrais e tendíneas são as mais acometidas).
A lesão em alça de balde é uma lesão vertical ou oblíqua, com extensão longitudinal e deslocamento medial do fragmento meniscal, acometendo mais freqüentemente o menisco medial, recebendo esta denominação porque o fragmento central separado assemelha-se à alça de um balde, e a porção periférica remanescente do menisco corresponderia ao balde ( VIENNA EVANDRO & COL 2004).
Segundo Marcelo Souza (2007) o mecanismo de lesão mais comum é a combinação da sustentação do peso com rotação interna ou externa, durante a extensão ou flexão do joelho. O mais comumente lesionado é o menisco medial, e isto se dá pela: rotação interna do fêmur, forte e rápida, estando o joelho parcialmente fletido e o pé apoiado no solo. Ocorre principalmente nas manobras de mudança de direção. Há dois tipos de rupturas: vertical-longitudinal ou em alça de balde. Assim, forças axiais compressivas são transmitidas diretamente para a cartilagem articular, o que leva à degeneração precoce da cartilagem e à osteoartrose. O reconhecimento de lesões meniscais comprometendo essas estruturas tem, portanto, relevância clínica, pois seu diagnóstico propicia formas mais adequadas de tratamento, evitando progressão das lesões meniscais e das alterações degenerativas articulares. (JAMIL NATOUR & col. 2007) .
As lesões no joelho são muito comuns no meio esportivo. Atletas das modalidades que possuem corridas e/ou saltos, geralmente se queixam de dores em algum estágio de suas vidas competitivas, muitas vezes tendo que abandonar o esporte. Os atletas recreativos ou mesmo praticantes de academias, também são acometidos a estas lesões. Praticamente todas as estruturas do joelho podem ser lesionadas, neste texto daremos enfoque às lesões mais comuns: lesões dos meniscos (FISHER BRUNO 2007).
www.fisioterapiamanaus.com.br
Segundo Bruno Fischer (2007) o joelho é uma das maiores articulações do corpo humano e também uma das que mais sofre lesões. Essa articulação é formada pela extremidade distal do fêmur, extremidade proximal da tíbia, patela, ligamentos, meniscos e tendões de músculos que o cruzam. O joelho pode ser lesionado de várias formas por ser muito vulnerável ao trauma direto (pancadas) ou indireto (entorse), além de ser lesionado principalmente pelo excesso de uso ou uso inadequado (regiões condrais e tendíneas são as mais acometidas).
A lesão em alça de balde é uma lesão vertical ou oblíqua, com extensão longitudinal e deslocamento medial do fragmento meniscal, acometendo mais freqüentemente o menisco medial, recebendo esta denominação porque o fragmento central separado assemelha-se à alça de um balde, e a porção periférica remanescente do menisco corresponderia ao balde ( VIENNA EVANDRO & COL 2004).
Segundo Marcelo Souza (2007) o mecanismo de lesão mais comum é a combinação da sustentação do peso com rotação interna ou externa, durante a extensão ou flexão do joelho. O mais comumente lesionado é o menisco medial, e isto se dá pela: rotação interna do fêmur, forte e rápida, estando o joelho parcialmente fletido e o pé apoiado no solo. Ocorre principalmente nas manobras de mudança de direção. Há dois tipos de rupturas: vertical-longitudinal ou em alça de balde. Assim, forças axiais compressivas são transmitidas diretamente para a cartilagem articular, o que leva à degeneração precoce da cartilagem e à osteoartrose. O reconhecimento de lesões meniscais comprometendo essas estruturas tem, portanto, relevância clínica, pois seu diagnóstico propicia formas mais adequadas de tratamento, evitando progressão das lesões meniscais e das alterações degenerativas articulares. (JAMIL NATOUR & col. 2007) .
As lesões no joelho são muito comuns no meio esportivo. Atletas das modalidades que possuem corridas e/ou saltos, geralmente se queixam de dores em algum estágio de suas vidas competitivas, muitas vezes tendo que abandonar o esporte. Os atletas recreativos ou mesmo praticantes de academias, também são acometidos a estas lesões. Praticamente todas as estruturas do joelho podem ser lesionadas, neste texto daremos enfoque às lesões mais comuns: lesões dos meniscos (FISHER BRUNO 2007).
www.fisioterapiamanaus.com.br
Marcadores:
fisioterapia,
manaus,
medicina,
ortopedia,
reabilitação
Assinar:
Postagens (Atom)