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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A extensão ativa precoce após a reconstrução do ligamento cruzado anterior não resulta no aumento da frouxidão do joelho

A ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA) é uma lesão comum tanto durante os esportes como em atividades nas horas de lazer.


Um protocolo de reabilitação pós-operatória bem planejado é importante para o resultado final após a reconstrução do LCA bem como a própria cirurgia. Movimento articular precoce é também benéfico quando feito para prevenir a contração capsular e reduzir o inchaço e a dor. A imobilização pós-operatória do joelho pode contribuir para a limitação da amplitude de movimento (ADM), hipotrofia muscular e função inferior do joelho. O protocolo de reabilitação objetiva restaurar a ADM, força, coordenação e a função completa o mais precoce possível, sem danificar o enxerto.


Para nosso conhecimento, não existem estudos randomizados com um seguimento adequado os quais usaram um método exato de técnica de mensuração como a análise radiostereométrica (RSA) para estudar a influência da extensão imediata e ativa na lassidão antero-posterior do joelho (lassidão A-P), após a reconstrução do LCA apesar dos muitos programas de reabilitação, incluindo extensão total precoce ativa e/ou passiva após a reconstrução do LCA.


Em 1990, Shelbourne e Nitz apresentaram seus protocolos acelerado de reabilitação pós-operatória após LCA, no qual eles permitiam a imediata extensão ativa total do joelho e enfatizaram a reabilitação agressiva precoce. Em 1995, Shelbourne et al. apresentaram 2-6 anos de seguimento após a reconstrução do LCA com enxerto do tendão patelar autógeno e participação no programa de reabilitação acelerado. Três anos depois Munetta e colaboradores apresentaram o resultado após a reconstrução do LCA, com múltiplos feixes do tendão semitendíneo, no qual eles enfatizaram a reabilitação agressiva precoce.


Diversos estudos compararam o efeito da cadeia cinética aberta (CCA) e cadeia cinética fechada (CCF) e a maioria dos protocolos de reabilitação pós-operatória utilizados hoje incluem a combinação de ambos os métodos. Entretanto, somente alguns estudos dirigiram-se à questão de se a extensão precoce ativa e passiva imediatamente após a RLCA afeta a lassidão A-P do joelho.


Acredita-se também que existem dois períodos pós-operatórios durante o qual o enxerto do LCA e suas fixações estão mais vulneráveis. O primeiro período inicia imediatamente após a reconstrução, enquanto o segundo inicia quando o enxerto torna-se fraco devido à revitalização do enxerto, até que alcance seu ponto mais fraco, aproximadamente 12 semanas após a reconstrução.


Nosso objetivo era de estudar se permitindo a extensão ativa e passiva, imediatamente após a reconstrução do LCA poderia aumentar a lassidão A-P pós-operatória e conduzir subseqüentemente a um resultado clinico inferior.


Nossas hipóteses eram que permitindo a extensão ativa e passiva, sem nenhuma restrição, imediatamente após a reconstrução do LCA não teria efeitos negativos na lassidão A-P, produzindo resultados clínicos similares até 2 anos após a operação.

www.webtvinterativa.com/rrevista/rr131206b.do

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